segunda-feira, 28 de maio de 2012

Uma tela do século 21?


Foto: Reprodução

Confesso que demorei relativamente a aderir ao Facebook, que me parecia uma rede social cheia de funções diversas e, por isso mesmo, complexa demais para se administrar bem. Mas, com o passar do tempo, foi inevitável a entrada nesse sistema de possibilidades.
A meu ver, ele conseguiu unir (e muito bem) as funções mais executadas em outras redes sociais de sucesso: o bate-papo (outrora o carro-chefe do MSN), a publicação de fotos pessoais (antes do Orkut) e a exposição de ideias e compartilhamento de links (pra que servia o Twitter mesmo?....). Com tudo isso junto, ou você entra no jogo ou não usa nenhuma das funções (algo difícil de imaginar para a geração que se desenvolveu ao mesmo tempo em que a Internet tomava suas proporções atuais).
Diante desses fatores, o Facebook se tornou algo como uma janela que tanto se abre para uma infinidade de assuntos em seu próprio seio, quanto também se mostra receptiva para conteúdos vindos de outros meios – sites, TV, jornais, música... Tudo ali pode tomar novas dimensões, já que fica exposto para qualquer pessoa que decida por um clique.
Sem dúvida, hoje não há mais espaço para limitar uma discussão a um único veículo de imprensa (que pode abordar o assunto segundo sua própria linha editorial) ou, por exemplo, a um grupo seleto de intelectuais que falam conforme seu alto grau de instrução. Essa ‘nova TV’ abre espaço para todas as classes e o faz sem distinção, da mesma forma que cada um escolhe de que forma vai usar o espaço.
Outro ponto que merece ser falado é aquele que muitos criticam por parecer essa rede social uma ameaça à cultura dita tradicional. Mesmo que estudos recentes já tenham comprovado que o excesso de informações na web acarrete a dispersão do conhecimento, uma rede como o Facebook permite a aquisição de conteúdos que justamente partem da área de interesse do usuário. A ‘janela’ te dá sim várias possibilidades e pode acabar lhe proporcionando uma overdose de conhecimentos rasos, mas também lhe dá a chance de filtragem para um aprofundamento posterior.
Não sei até quando o Facebook será tão forte e se poderá adquirir uma importância igual ou maior a que a televisão alcançou na segunda metade do século passado. Mas a certeza é que essa rede social, nascida no meio universitário e hoje tão completa e acessível, além de ainda não ter uma concorrente em potencial, vale bilhões de dólares e continua atraindo usuários pelo mundo.