Passamos
dos 200 milhões! Não, isso não é nenhum urro de alegria. Honestamente não acho uma
maravilha quando vejo esses números exorbitantes de aumento populacional, a
julgar pela elementar questão de que o planeta não cresce proporcionalmente a
isso (sério?). Basta sair às ruas e ver a decepção que está se tornando o
trânsito de cidades medianas como a minha. Mas não quero me alongar sobre
isso... Parece discurso de um chato pessimista (ou seria realista?).
Há
alguns anos eu tinha uma professora no colégio que falava constantemente sobre
aquela clássica frase da “justiça é cega”, que todos os homens são iguais na
hora do julgamento. É por isso que fico pensando hoje se realmente a nossa e
também a de fora daqui estão aplicando aquela frase no sentindo de ficarem
alheias às injustiças do mundo durante a maior parte do dia. Nas últimas
semanas, o Oriente tem sido (mais uma vez) palco de conflitos que perpassam
questões políticas, sociais, ideológicas e o que mais quiserem misturar. No
Egito, caiu o presidente e se instaurou uma batalha cruel entre militares e
oposição. Parece até uma daquelas velhas histórias da Idade Média que víamos
nos livros didáticos e hoje nos provocam repulsa e ficam difíceis de aceitar
nos “evoluídos” anos 2000.
Mas
agora o Egito saiu de cena um pouco para que outra nação de sua região se
tornasse centro das atenções internacionais. A Síria (menos famosa no Brasil do
que seu pão e uma fruta que dá nome a sua capital) vive agora um clima tenso e
fala-se constantemente sobre o uso de armas químicas pelo senhor Bashar
al-Assad. Curioso como o governo estadunidense se mostrou tão preocupado após o
suposto uso dessas armas. Quer dizer que matar civis, incluindo crianças,
idosos e trabalhadores dos mais honestos, pode? Mas com arma química não? Obviamente
sou contra todo tipo de conflito armado, mas acho que a minha decepção com os
EUA só anda se elevando diante do comportamento que vem se repetindo ao longo
de décadas em qualquer lugar onde sua sede de “vingança” e oportunismo encontre
espaço. Obama era uma esperança para tantos quando foi eleito em 2008 e é
lamentável que, anos depois, pouca coisa tenha mudado e muito menos evoluído
durante seu comando. Não bastasse o escândalo de espionagem que fez Snowden
fugir para a Rússia e mexeu com os brios de tantos governantes, agora Mister Obama
só fala em intervenção como se fosse o dono da verdade e ainda quer ajuda de
outras nações para invadir o pequeno país oriental. Parece que a Rússia não
quer... Será que estão tentando reavivar o clima da Guerra Fria?
Já aqui
no Brasil, a semana começou tensa com a chegada daquele político boliviano, o
Molina, deixando o pivô Sabóia em maus lençóis e levando Dilma a trocar
ministro (saiu um que era patriota até no nome), além de continuar a novela do
julgamento do mensalão, que nós brasileiros ansiamos para que termine com um
final “feliz”. Mas eu não poderia deixar de terminar falando daquele Donadon (sim,
parece nome de remédio), que foi ao Congresso fazer seu pequeno discurso em
defesa, usando inclusive o argumento de que sua cela era de má qualidade.
Comida ruim, água fria... E alguém ainda não sabia dessa peculiaridade dos
presídios brasileiros? Nosso legislativo, como não perde o hábito, deu mais um
sinal que anda bem informado com os problemas da nação.
Mas,
pelo visto, a fala “humilde” convenceu os colegas (amigos secretos?), fez uns
muitos não se manifestarem e o tal deputado não foi cassado. Ficaram com dó do
Donadon? Acho que o povo está precisando voltar urgentemente às ruas.