sábado, 29 de agosto de 2015

100 anos de Ingrid Bergman



Quando iniciei este pequeno blog, quatro anos atrás, minha intenção era postar apenas textos originais e fugir das resenhas de livros e filmes e perfis sobre pessoas específicas, já que hoje muitos se dedicam a fazer isso (e muito bem) em outros blogs e no Youtube. 
Porém, hoje preciso abrir uma exceção, dada a oportunidade única de homenagear uma das atrizes que mais admiro, saída deste mundo alguns anos antes de eu nascer.
Ingrid Bergman nasceu há exatos 100 anos e partiu há exatos 33. Sueca, beleza natural, carisma, versatilidade em gêneros e idiomas, foi daquelas profissionais com que todos os grandes diretores e atores gostavam ou gostariam de trabalhar, aquela na qual um aprendiz de escritor pensa quando escreve uma personagem feminina. Ela foi muito mais do que a atriz premiada e estrela do clássico "Casablanca". Era uma fascinada pela aventura, a mulher independente de uma época um tanto conservadora, mas que não abria mão de proteger sua vida pessoal das lentes dos fotógrafos loucos por qualquer flagra.
Das aulas na Real Escola de Arte Dramática de Estocolmo e seus primeiros filmes na Suécia natal não demorou muito para que Hollywood se interessasse por ela, onde o estrelato chegou rápido nos anos 40. Porém, sua imagem de mãe e esposa "ideal" foi considerada abalada pelos puritanos americanos quando atriz partiu para a Itália para trabalhar e viver um romance com o cineasta Roberto Rossellini, nome maior do movimento neorrealista e completamente avesso ao estilo de filmagem hollywoodiano. Desfeita a união que durou poucos anos e alguns filmes, ela estava de volta à América e reconquistou as plateias para nunca mais ser esquecida.
Ao longo de seus muitos anos na ativa, Ingrid teve, como poucos artistas tiveram, a chance de brilhar em filmes dirigidos por Hitchcock, Jean Renoir e Anatole Litvak, estrelou peças de grandes dramaturgos (Eugene O'Neil, Ibsen, Turgueniev) e seguiu em grande estilo até seus últimos papéis: mesmo lutando contra o câncer, trabalhou de forma intensa com o conterrâneo Ingmar Bergman no belo "Sonata de Outono" e viveu a icônica Golda Meir na minissérie homônima.
Enfim, poderia sugerir vários outros títulos que, felizmente, são facilmente encontrados no Brasil. E para os que pouco conhecem a mulher homenageada, o vídeo a seguir resume um pouco a sua extraordinária carreira.



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