quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Vamos olhar pra frente! Democraticamente, é claro




Estamos vivendo um momento único não só na história do Brasil, mas do mundo também. Um momento em que todos os erros e crimes cometidos por quem quer que seja ficam visíveis e cada vez mais sujeitos ao julgamento público. E nosso Brasil, politicamente falando, tem andado no centro desses julgamentos, desde junho de 2013, quando milhões de pessoas saíram às ruas para protestar contra todos os excessos e casos de corrupção praticados por aqueles que estão no poder, nas esferas municipal, estadual e federal.
Hoje, o problema não se relaciona à ameaça comunista como tanto se propagou na época do terrível golde de 64, ou a ditadores fascistas europeus, caça às bruxas que destruía carreiras nos Estados Unidos em meados do século 20 ou até mesmo uma gigante ameaça nuclear de décadas atrás. Vivemos a época em que todos têm voz, mas infelizmente ainda percebemos o controle de uma certa dominância financeira, que sobrepõe valores aos mais desinformados e faz com que muitos saiam por aí repetindo e escrevendo frases em cartazes que pouco sabem explicar.
Não defendo nosso governo atual, assim como não defendo qualquer atitude autoritária ou desonesta, mas acredito que precisamos refletir mais sobre os caminhos que queremos para o Brasil nos próximos anos e décadas. Voto obrigatório, fim das reeleições, melhor forma de financiamento de campanhas... Já se falou tanto na tal reforma política, mas o que se viu até agora não foi nada de concreto. Fica um jogo de troca de acusações, cada um se faz de vítima e colocando o outro como algoz. Um acusa e logo é acusado, escondendo-se ou tentando em vão se explicar. Não há união para o país como um todo evoluir. Luta intensa pelos próprios interesses, é o que transparece ao grande público desacreditado da política.
Mas nem tudo são rosas mortas. Temos visto exemplos bem-sucedidos de populares que se unem e pressionam vereadores a reduzirem seus salários, grupos que se mobilizam pela internet para lutar por causas importantes e o pensamento político, entrando, direta e indiretamente, na rotina das novas gerações. Isso sim é democracia. Não quero mais ver discursos descartáveis de ódio e ações radicais imaturas, mas liberdade, mobilização e a sensação de que somos um país, não uma terra de castas intocáveis. 


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